Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea, os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quarta-feira (20.02) com preços médios da soja em elevação de apenas 0,06% nos preços sobre rodas nos portos brasileiros, para a média de R$ 77,40 (alta de R$ 0,05/saca) e 0,03% no interior, para R$ 72,59/saca, de acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica.

“Os ganhos de fevereiro subiram levemente para 0,42% os portos e 0,47% no interior. O dólar subiu 0,33% nesta quarta-feira, Chicago subiu apenas 0,19% e os prêmios subiram 1 cent/bushel para as posições de março e abril, 10 cents para maio e 3 cents para julho”, explica o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.

De acordo com o especialista, a colheita está adiantada, os contratos vendidos antecipadamente estão sendo honrados, o frete continua igual (comprometido pela tabela). “A demanda chinesa está pendendo levemente para o Brasil (por isso os prêmios estão mais altos, tendo mais que duplicado nos últimos 30 dias)”.

No entanto, diz Pacheco, “os níveis de preço oferecidos pelos compradores não satisfazem os vendedores, que querem algo ao redor de R$ 80,00 no interior, como no ano passado, o que é muito pouco provável, porque neste ano não temos dois fatores que havia em 2018: dólar a R$ 4,20 e grande quebra da safra argentina. E a quebra atual da safra brasileira está sendo compensada com a menor demanda chinesa desta temporada e os grandes estoques dos EUA”.

CLIMA

As atualizações climáticas hoje trazem a chegada de chuvas significantes sobre o Leste da Argentina, que se expandem para o Centro e Nordeste do país, aponta a Consultoria AgResource: “Sob interferência do mesmo sistema meteorológico, o Rio Grande do Sul receberá as mesmas precipitações, que se encaixam em um raio de 20-40mm acumulados nos próximos 5 dias. Além do mais, a regularidade dos índices pluviométrico continua sobre o Centro brasileiro”.

“A região sojicultora do MATOPIBA também observará chuvas de mesma intensidade. O único ponto de preocupação se torna sobre o Norte argentino, que já enfrenta 7-10 dias de estiagens e as leituras até 25 de fevereiro não trazem a volta das precipitações. De maneira geral, ainda não há prejuízos produtivos sendo contabilizados para nossos ‘hermanos’, entretanto será necessária a volta de um padrão mais úmido, no começo de março”, conclui a ARC Mercosul.

 

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems