O mercado da soja intensifica suas perdas na Bolsa de Chicago e já opera abaixo dos US$ 14,00 por bushel no início da tarde desta terça-feira (19). Os principais contratos, por volta de 12h25 (horário de Brasília), perdiam entre 18,25 e 28,25 pontos, levando o março a US$ 13,89 e o maio e US$ 13,86.

Segundo explicam os analistas da Agrinvest Commodities, o que alimenta este movimento de realização é, em parte, o novo momento de lockdowns em algumas partes do mundo por conta da segunda onda do coronavírus, o que traz alguma insegurança sobre a demanda, principalmente às vésperas do feriado do Ano Novo Lunar na China, o mais importante e extenso do país.

“As medidas podem ter impacto pesado de curto prazo para a demanda global, a exemplo do que ocorreu entre fevereiro e março de 2020, o auge da pandemia na China”, diz a Agrinvest.
Uma certa melhora nas condições de clima na Argentina, uma piora nas margens de esmagamento da China e a soja brasileira mais competitiva, ainda de acordo com os analistas, também ajuda a pressionar as cotações.

Em contrapartida, o mercado segue sustentado no médio prazo, acompanhando seus fundamentos de oferta muito limitada e a demanda ainda sinalizando uma curva de crescimento muito expressiva. Nos EUA, além das exportações muito fortes, a demanda interna também é forte e contribui para o quadro fundamental.

Nesta terça, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou a venda de 132 mil toneladas de soja 2021/22 para a China.

No Brasil, a colheita ainda está atrasada e na Argentina, apesar da ligeira melhora no clima, a safra ainda sofre e será menor do que o inicialmente estimado.

Fonte: Notícias Agrícolas