O mercado da soja vem intensificando suas baixas na Bolsa de Chicago no início da tarde desta sexta-feira (17). Perto de 11h50 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 11,75 e 12,75 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 12,84 e o maio/22 a US$ 13,00 por bushel. Parte da pressão, como explicam analistas e consultores de mercado, vem da demanda mais lenta para a soja americana neste momento.

Nos últimos dias, o mercado veio testando os dois lados da tabela, acompanhando e monitorando seus fundamentos já conhecidos e esperando por mais notícias. Os principais infuenciadores do mercado agora são o clima – favorável – para o avanço da colheita nos Estados Unidos, o clima aqui no Brasil neste período inicial do plantio, bem como as questões logísticas americanas.

O escoamento da safra americana segue comprometido depois da passagem do furacão Ida, trazendo boa parte da demanda chinesa de curto prazo para o Brasil, com mais de dez navios sendo comprados pela nação asiática na semana para embarque outubro no mercado nacional.

E os números de embarques e vendas semanais para exportação apontados nos últimos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) seguem mostrando, ao menos por agora, uma demanda mais fraca pelo produto americano.

Além disso, o plantio aqui no Brasil teve seu início efetivo. Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, a gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja MT, Jerusa Rech, afirmou que a associação estima uma produção no estado de 37 milhões de toneladas neste início dos trabalhos de campo.

Segundo seus relatos, o oeste do estado registra as melhores condições climáticas e por isso foi o primeiro a dar a largada na semeadura 2021/22 e que a colheita poderia, inclusive, começar já no final deste ano.

No Paraná, segundo maior estado produtor da oleaginosa no país, os trabalhos de plantio também já começaram, uma vez que o vazio sanitário se encerrou no último dia 10 por lá.

Fonte: Notícias Agrícolas