O mercado da soja continua operando no vermelho na Bolsa de Chicago, mas aprofunda suas baixas no início da tarde desta segunda-feira (24). Por volta de 12h (horário de Brasília), as cotações cediam de 19,25 a 21,25 pontos, levando o maio a US$ 14,03 e o julho a US$ 14,06 por bushel.

“Os mapas estão mostrando clima mais benéfico a partir do dia 28 para a América do Sul, trazendo mais pressão sobre as cotações na CBOT. Para o Sul, mais chuvas e menos para a região central. A colheita está avançando bem”, explica o time da Agrinvest Commodities.

Além disso, durante o final de semana as chuvas foram boas na Argentina e também ajudam na pressão. As precipitações foram importantes, expressivas e chegaram a regiões importantes de produção de grãos na Argentina.

“As chuvas do final de semana chegaram cobrindo as províncias produtoras, como Buenos Aires, Santa Fé e Córdoba, o que certamente estabilizará as perdas agrícolas da soja e do milho, que depois de dois meses registraram tempo seco e altas temperaturas com perdas acentuadas. Vê-se agora a possibilidade de uma recuperação parcial, principalmente para soja”, diz Ginaldo Sousa, diretor do Grupo Labhoro.

Já no Sul do Brasil, as temperaturas seguiram muito elevadas durante todo o final de semana, passando dos 40ºC no Rio Grande do Sul, além da manutenção do tempo seco. No Paraguai, o cenário é semelhante.

Entretanto, segundo analistas e consultores, o mercado busca essa consolidação na casa dos US$ 14,00, principalmente diante da quebra da safra 2021/22 da América do Sul, bem como as condições climáticas que são registradas por aqui.

“O ponto principal é o tamanho da quebra de safra, o que colocará muita pressão sobre a safra americana. Por enquanto, as estimativas de produção no Brasil giram entre 131 e 137 milhões de toneladas. O fator de divisão será a safra gaúcha e se as chbuvas previstas para os próximos 15 dias poderiam trazer recuperação”, explica a Agrinvest.

Entre os derivados, o dia também é de baixa. Perto de 12h10 (Brasília), os futuros do óleo de soja cedem mais de 1,6% – acompanhando as baixas fortes do petróleo – enquanto o farelo cede 0,6%.

Fonte: Notícias Agrícolas