Solos degradados são aqueles que sofreram modificações em sua natureza, seja ela física, química ou biológica, em consequência de alterações climáticas causadas por fatores naturais ou em decorrência de ação antrópica. Em 2015, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) lançou o “Status of the World’s Soil Resources”, relatório que mostra que 33% dos solos do mundo estão degradados.

Na América Latina, cerca de 50% dos solos sofrem algum tipo de degradação e, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), aproximadamente 30% dos solos das áreas cultivadas (90 milhões de ha) no Brasil estão com algum grau de degradação.

Principais causas da degradação do solo

Diversos são os fatores causadores da degradação do solo atuando de forma direta ou indireta, e os processos de degradação podem ser físicos, químicos ou biológicos.

Degradação física:

Compactação – ocorre o aumento da densidade do solo e é causada pela eliminação da porosidade estrutural.

Erosão – é o arraste de partículas do solo pelo vento (erosão eólica) ou pela água (erosão hídrica), pode ter causa natural ou pela atividade humana. É o mais conhecido tipo de degradação de solo no Brasil, sendo a erosão hídrica a mais comum e com maior distribuição espacial. Alteram a forma do relevo, podendo ocupar grandes áreas e diminuem a fertilidade do solo pelo esgotamento de nutrientes.

Laterização – ocorre o acúmulo de óxidos de ferro e alumínio modificando a composição do solo, as causas podem estar associadas a processos naturais (solos desgastados pelo tempo) ou antrópicos destacando as queimadas e o desmatamento, removendo a proteção da superfície e não fornecendo materiais orgânicos ao solo.

Degradação química:

Salinização – é o aumento de sais minerais e está relacionada ao manejo inadequado da irrigação que contém sais dissolvidos e com a evaporação da água estes se acumulam no solo. O lençol freático raso também pode ser fonte de sais.

Lixiviação – processo que causa perda de cátions, eutrofização de nutrientes como o fósforo, diminuição da fertilidade do solo pela perda de nutrientes.

Acidificação – processo químico caracterizado pela redução do pH do solo, aumento do alumínio tóxico e diminuição da saturação por bases.

Degradação biológica:

Diminuição da matéria orgânica do solo – processo que favorece a emissão de gases de efeito estufa pela redução do estoque de carbono do solo.

Redução da fauna e dos microrganismos do solo – a fauna do solo exerce papel fundamental na fragmentação do resíduos vegetais e na regulação indireta de processos biológicos do solo, estabelecendo interações com os microrganismos e os microrganismos são os principais agentes da atividade bioquímica do solo, estando envolvidos em todos os processos biológicos e influenciando processo físicos e químicos.

Impactos da degradação do solo

O solo degradado contribui para a degradação ambiental e está relacionado a práticas inadequadas de manejo do solo e da água, implicando em:

  • Aumento da perda de solo;
  • Perda da fertilidade natural pela redução de nutrientes;
  • Em função da acidez impossibilidade de produzir a maioria das culturas e também diminuição dos microrganismos, que são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica;
  • Diminuição da capacidade de retenção e infiltração de água pelo aumento da densidade global do solo;
  • Assoreamento e contaminação de corpos hídricos;
  • Destruição da fauna e da flora.

Como o solo é considerado um sistema dinâmico, organizado e base para uma produção agrícola sustentável, é preciso adotar práticas de conservação para restaurar e manter a fertilidade, visando o aumento da produtividade das culturas.

Pensando nisso, a TMF desenvolveu a linha de fertilizantes inteligentes Calsite e Isofértil, com uma exclusiva tecnologia voltada para uma alta produtividade e construção da fertilidade do solo em profundidade.

Os fertilizantes Calsite e Isofértil possuem alta concentração de cálcio (Ca) e silício (Si), proporcionando equilíbrio da saturação de bases, anulação do alumínio tóxico permitindo maior desenvolvimento do sistema radicular e consequentemente maior absorção de água e nutrientes pelas plantas. Também potencializam o efeito dos fertilizantes NPK, realizando a alta liberação de Fósforo (P) no perfil do solo, fazem a manutenção e melhoria do pH, contribuindo para a recuperação de solos degradados e com a construção do perfil do solo pelo aumento da fertilidade em profundidade.

 

Autora: Tatiana Fontoura – Engenheira Agrônoma – Consultora da TMF Fertilizantes
Fonte: MaisSoja