A peste suína africana (PSA) está dando dores de cabeça aos produtores europeus. Transmitida de javalis para suínos de criação, a doença tem gerado enormes problemas econômicos, sobretudo na Polônia.

No entanto, alguns caçadores poloneses não estão respeitando as regras europeias básicas de manipulação de animais mortos, criadas para retardar a propagação da doença.

O problema mereceu uma nova abordagem por parte do governo da Polônia. Entre as medidas contempladas está o abate de 90% dos javalis no país. Atualmente a lei permite o uso de silenciadores e, se necessário, o envolvimento do exército. No início deste ano, foram mortos na região cerca de dois mil javalis.

No entanto, outros produtores de suínos criticam a falta de uma resposta atempada na limpeza das florestas.”As carcaças dos javalis não são destruídas rapidamente, ficam lá muito tempo, as autoridades só fazem algumas recolhas três ou quatro dias depois. Isso deixa os produtores locais, como eu, realmente zangados. Antes do surto da doença, tínhamos cerca de 2000 criadores de suínos no nosso distrito, hoje são apenas uns 600.”, afirmou um suinocultor ao portal europeu.

Futuro da suinicultura europeia pode estar em risco

Foi através de um navio de carga vindo do continente africano que a doaença chegou à Geórgia em 2007. Desde então, a peste suína africana espalhou-se pela Rússia e Europa Oriental, entrando na Polônia em 2014. Recentemente, a doença saltou para a fronteira com a Alemanha,

Os javalis são bons nadadores. Em março, um animal doente foi encontrado a apenas dez quilômetros do rio da fronteira polaco-alemã.

Para manter a espécie e a peste suína africana fora da Alemanha, as regiões aceleraram a construção de uma cerca. A estrutura terá 130 quilômetros e visa proteger a fronteira com a região da Saxônia.

Mesmo debaixo de tempestade, a construção não pára. Todos sabem o que está em jogo: basta um único caso de peste suína africana no território alemão para o país ser proibido de exportar para a China.

Os agricultores holandeses e dinamarqueses também têm medo. Nas mãos da equipe de Dirk pode estar a sobrevivência dos suinicultores da Europa ocidental.

Fonte: Suinocultura Industrial