Na terceira edição da Reunião de Interiorização do Programa de Sanidade Suína do Rio Grande do Sul, o presidente do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa), Rogério Kerber, destacou que o Rio Grande do Sul exporta 40% do total brasileiro de carne suína. “Mesmo assim, por ter a vacinação contra a febre aftosa, exportamos para mercados menos exigentes e, por consequência, menos remuneradores”, afirma. Por isso, o setor produtivo e o serviço veterinário oficial têm se unido para implementar medidas que garantam ainda mais segurança ao comprador internacional, já que o estado seja área livre de febre aftosa com vacinação.

O encontro, realizado nesta terça-feira (17) em Santa Rosa, registrou a presença de mais de 60 pessoas. Foram abordados temas como biosseguridade, compartimentação e bem-estar animal. Para a coordenadora do Programa de Sanidade Suína do RS, Juliane Webster Galvani, a integração de técnicos das empresas e do serviço veterinário oficial do Ministério e da Secretaria da Agricultura é fundamental para identificar gargalos e buscar soluções, bem como atuar em conjunto nas ações de defesa sanitária.

Na compartimentação, já possível conforme Instrução Normativa 44/2017, a adesão das empresas é voluntária. O compartimento não precisa, necessariamente, ser uma região geográfica, mas sim um conjunto de propriedades ou plantas de uma mesma empresa, ainda que em cidades ou estados diferentes. “É como se fosse um seguro. A compartimentação oferece garantias adicionais de biosseguridade que minimizam o risco de introdução e disseminação de febre aftosa ou peste suína clássica”, explica Juliane. A ferramenta é prevista no código da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Saldo do Fundesa se aproxima de R$ 79 milhões

Os conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal aprovaram, na segunda-feira (16), a prestação de contas do primeiro trimestre de 2018. O saldo do fundo está em R$ 78,734 milhões. Nos três primeiros meses do ano a arrecadação em contribuições e rendimentos financeiros foi de R$ 3,18 milhões e aplicação de recursos somou R$ 1,24 milhão.

O destaque no aporte de recursos para indenizações foi, mais uma vez, da cadeia de pecuária leiteira. Foram indenizados 769 bovinos, num valor total de R$ 1,024 milhão. A cadeia do leite é a que mais arrecada seguida pelas cadeias de suínos e bovinos de corte.

Fonte: Fundesa