Lideranças se mostram preocupadas pela discrepância entre o preço do animal vivo e os custos de produção

O mercado da suinocultura independente que vinha dando sinais reação nas últimas semanas, na quinta-feira (22) “andou de lado”, antecedendo a virada para a última semana do mês. Apesar de não ter havido recuo nos preços das principais praças produtoras, os custos de produção continuam subindo, gerando prejuízo ao suinocultor.

Em São Paulo, segundo informações do presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, preço do quilo do suíno vivo se manteve em R$ 7,20/kg vivo nesta semana.

Ele explica que a manutenção do valor se deu devido à dificuldade alegada pelos frigoríficos na disputa pelo preço do animal abatido. “Os frigoríficos afirmam que tiveram que diminuir as margens e não viam margem para reajustes para esta semana”, disse.

No mercado mineiro, pela terceira semana consecutiva, se manteve o valor de R$ 7,00 para o quilo do suíno vivo durante a realização da Bolsa de Suínos na quinta-feira.

De acordo com o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, “o mercado mineiro continua com vendas bastante boas nas últimas semanas e em trajetória de enxugamento dos estoques nas granjas”.

Houve leve alta em Santa Catarina, saindo de R$ 6,95/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo, conforme dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).

Conforme explica o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi, este aumento está longe de ser remunerador. “A cada semana aumenta o prejuízo dos produtores porque as geadas trouxeram muita especulação no mercado de grãos, o que deixa o produtor sem esperança”, apontou.

Considerando a média semanal (entre os dias 15/07/2021 a 21/07/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 2,23%, fechando a semana em R$ 6,58.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,47”, informou o reporte do Lapesui.

Fonte: Notícias Agrícolas