Associações do setor apontam alinhamento entre oferta e demanda, além de perspectivas positivas para as exportações da proteína

Na quinta-feira (15), o mercado da suinocultura independente registrou preços em alta, com exceção de Minas Gerais, que manteve o valor estável. Entre os motivos para a melhora nos valores praticados está um equilíbrio entre oferta e demanda, entretanto, os custos de produção ainda pressionam.

Em São Paulo, na quinta-feira (15), pela segunda semana consecutiva houve alta do preço do suíno, saindo de R$ 6,67/kg para R$ 7,20/kg vivo nesta semana.

Segundo informações do presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, as vendas foram boas na última semana, com um realinhamento entre a oferta de animais e demanda por carne.

“O excedente está saindo das granjas, e possivelmente nas próximas semanas deve haver mais reajustes positivos. A estratégia que estamos usando é vender aos poucos para que o mercado não dê soluços de alta e baixa acentuados”, disse.

No mercado mineiro na semana passada havia sido sugerido o preço de R$ 7,50/kg vivo, mas foi praticado o valor de R$ 7,00/kg vivo, valor que foi mantido em acordo durante a bolsa realizada na quinta-feira (15).

De acordo com o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, mercado mineiro vendeu muito na semana corrente mas, a manutenção dos preços está alinhada com a oferta disponível e com o restante do mercado no Brasil.

Na quinta-feira houve aumento em Santa Catarina, passando de R$ 6,45/kg vivo para R$ 6,95/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, aponta que mesmo com os aumentos, o mercado segue em crise pelos custos de produção.

“Esperamos que o preço vá subindo para, quem sabe, ultrapassar os custos de produção. As indústrias também voltaram a comprar aquilo que estava em contrato ainda do ano passado e que havia parado por problemas de comercialização no mercado interno”, pontuou.

Considerando a média semanal (entre os dias 08/07/2021 a 14/07/202), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 1,02%, fechando a semana em R$ 6,44.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,39”, informou o reporte do Lapesui.

No mercado gaúcho, que negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, o preço passou de R$ 6,30 o quilo vivo para R$ 6,41 o quilo vivo na última sexta (9).

O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, as vendas estão começando a voltar ao normal. “Vamos ver como vai ser na sexta-feira (16), mas a princípio a sinalização é de que haja reajuste positivo”.

Ele explica que a derrubada de preços vista no final de junho e começo de julho foi resultado de rumores de que a China diminuiria as importações da proteína brasileira, ou renegociaria contratos, “mas agora vemos neste início de mês que os embarques estão normais”, afirmou.

Fonte: Notícias Agrícolas com adaptações Suino.com