Lideranças se preocupam que, mesmo com pontuais elevações, os aumentos não sejam suficientes para garantir rentabilidade

Na quinta-feira (9) o mercado da suinocultura independente mostrou comportamento diferente entre as praças produtoras. Nos locais onde houve aumento, mesmo assim as elevações não garantem lucros aos suinocultores.

A bolsa de Suínos de São Paulo terminou sem comercialização na quinta, com a sugestão de preço por parte da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) em R$ 7,20/kg vivo, valor superior aos R$ 6,13 praticados na semana anterior.

O mercado mineiro registrou leve alta, saindo de R$ 6,70/kg para R$ 6,90/kg vivo o quilo vivo. Segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, o mercado mineiro continua com as boas vendas relatadas nos últimos meses.

“Com os eventos de comprometimento dos transportes no Brasil em geral, depois do Dia 07 de Setembro, o estado conseguiu espaço para praticar preço compatível com a sua própria realidade de oferta e procura locais, com menor interferência de outras regiões”, disse.

Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, o preço saiu de R$ 6,32/kg vivo para R$ 6,56/kg vivo.

“Essa semana teve uma leve recuperação, mas não é o suficiente para dar lucratividade ao produtor. Estamos muito preocupados com possíveis fechamentos de estradas, e assim as coisas complicam cada vez mais. Por enquanto não está atrapalhando a suinocultura, mas não sabemos como vai ser. Estamos com R$ 150,00 a R$ 200,00 de prejuízoi e o desespero só aumenta”, disse.

Considerando a média semanal (entre os dias 02/09/2021 a 08/09/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 1,07%, fechando a semana em R$ 6,20.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,01”, informou o reporte do Lapesui.

No mercado gaúcho, que negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, o preço se manteve estável em R$ 6,32/kg vivo pela segunda semana consecutiva segundo pesquisa na última sexta-feira (3).

“Vamos ver, acredito em um viés de manutenção, aparentemente houve certa reação nos preços da carcaça, e há também uma certa condição no mercado interno e externo que favorece esse cenário de manutenção”, disse o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador.

Fonte: Notícias Agrícolas