Em alguns Estados o valor do animal vivo ficou estável, mas alta nos custos de produção seguem exercendo pressão

Na quinta-feira (19), quando são realizadas as principais bolsas de suínos do mercado independente brasileiro, os preços caíram nas principais praças produtoras. De acordo com lideranças do setor, o mercado nacional está “travado” e os custos com a alimentação dos animais segue exercendo pressão sobre os produtores.

Em São Paulo, o preço passou de R$ 7,20/kg vivo para R$ 6,67/kg vivo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O presidente da Entidade, Valdomiro Ferreira, explica que a disputa pelo animal abatido no Estado foi acirrada.

“Existe uma oferta demasiada vinda do Centro-Oeste e do Sul do país trazendo essas carcaças para São Paulo. Isso acirrou a disputa entre os frigoríficos, então derrubaram o preço da carcaça, automaticamente derrubando o do suíno vivo”.

O mercado mineiro manteve pela terceira semana consecutiva o preço de R$ 7,20/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos).Segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, o mercado mineiro mantém as vendas boas e os estoques de animais nas granjas está no nível de final de ano, ou seja: muito baixo. “Se não há pressão de vendas, não há razões para queda”, disse.

Santa Catarina, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, registrou queda no preço, saindo de R$ 7,22/kg vivo para R$ 6,80/kg, conforme informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos.

Considerando a média semanal (entre os dias 12/08/2021 a 18/08/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 3,24%, fechando a semana em R$ 6,51.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,57”, informou o reporte do Lapesui.

No mercado gaúcho, onde as negociações são realizadas às sextas-feiras, houve estabilidade na última (13), com valor mantido em R$ 6,81/kg. Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, o mercado está difícil, e “se nessa sexta o preço continuar estável, já será uma boa notícia”.

Fonte: Notícias Agrícolas