Nos mercados mineiro e paulista, suinocultores e frigoríficos não conseguiram entrar em consenso sobre reajuste de preços

A quinta-feira (5) foi de movimentações diferentes entre as regiões Sul e Sudeste na questão dos preços praticados na suinocultura independente. Enquanto no Sul foram registrados pequenos aumentos, no Sudeste os suinocultores não conseguiram entrar em acordo com os frigoríficos.

Após três semanas consecutivas com o suíno vivo sendo negociado a R$ 7,20/kg vivo, na quinta-feira (5) não houve acordo entre suinocultores e frigoríficos em São Paulo.

Segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), os produtores solicitaram aumento no preço, pedido que não foi aceito pelos frigoríficos.

No mercado mineiro, depois de quatro semana seguidas de estabilidade no preço do suíno vivo, cotado em R$ 7,00/kg vivo, na quinta-feira não houve acordo entre as partes, e o preço sugerido pela Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) foi de R$ 7,20/kg vivo.

Conforme explica o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, a dinâmica de mercado em Minas Gerais segue com boas vendas como nas últimas semanas, com boa liquidez e com trajetória de enxugamento nas granjas. “Daí a necessidade de reajuste no preço”, disse.

Santa Catarina obteve alta, passando de R$ 7,10/kg vivo para R$ 7,19/kg vivo. Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), explica que “no Sul houve negociações um pouco melhores, mas há preocupação com frigoríficos que não trabalham com modelo de integração e que estão vendo que muitos produtores independentes foram para integração e cooperativas”.

“Lá na frente, esses frigoríficos vão ficar sem animais para abater, então vejo que é uma oportunidade para que os frigoríficos olhem para o suinocultor, porque senão, lá na frente, não terão o que abater”, disse.

Considerando a média semanal (entre os dias 29/07/2021 a 04/08/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,22%, fechando a semana em R$ 6,79.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,82”, informou o reporte do Lapesui.

O mercado gaúcho, que negocia os animais no mercado independente todas as sextas-feiras, registrou alta na última (30). O preço passou de R$ 6,65/kg vivo para R$ 6,79/kg vivo.

Fonte: Notícias Agrícolas