O aumento de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, em 2017, depois de três anos de percentuais negativos, foi creditado à supersafra, além de outros fatores relacionados ao agronegócio, que contribuiu com 70% para esse resultado. Essa foi uma das afirmações do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante o “Ato pela Agricultura – Alimento, renda e futuro!”, promovido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na sede do governo paulista, na  segunda-feira (19/3).

O encontro reuniu as principais lideranças do agronegócio, entre elas, o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga e os ex-ministros Roberto Rodrigues e Francisco Turra, representantes de empresas do setor de insumos e equipamentos, de cooperativas e associações de produtores rurais. Cerca de duas mil pessoas acompanharam o balanço das ações do Governo do Estado de São Paulo e do fomento ao setor agropecuário nos últimos anos.

Alckmin destacou a evolução do agronegócio paulista e creditou o crescimento ao trabalho do secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim e sua ideologia de trabalho. “Desburocratizar para evoluir. Esta é a ideia e o que tem sido abordado pelo Jardim para dar mais rapidez às ações, tanto de investimento quanto de desenvolvimento, para a evolução do agronegócio paulista.”

Para o secretário de Agricultura de São Paulo, não só o agronegócio paulista, mas toda cadeia produtiva nacional do setor tem muito a comemorar. “Temos que celebrar os resultados obtidos nos últimos anos no setor agropecuário, cujo crescimento de 13% contribuiu para a alta de 1% do PIB em 2017, enquanto outros segmentos como indústria e serviços se mantiveram estacionados”, destacou.

Durante o Ato pela Agricultura, Jardim apresentou resultados de programas das coordenadorias e departamentos da Secretaria; fez o lançamento de novos programas, de publicações e apresentou sistemas tecnológicos para desburocratização dos procedimentos.

Já o governador Geraldo Alckmin, que se afastará do governo paulista para concorrer à presidência nas próximas eleições, aproveitou a ocasião para para assinar convênios e criar novas legislações de apoio ao setor produtivo.

PROGRAMAS

Uma das iniciativas chanceladas com assinatura de Alckmin durante o evento foi o decreto que amplia o teto, de R$ 22 mil à R$ 30 mil, para o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS) e do subprograma PPAIS Leite, voltados para agricultores familiares que fornecem alimentos para instituições públicas do Estado (hospitais, escolas, universidades, penitenciárias entre outros).

Segundo Jardim, esse projeto deve entrar vigor no próximo em abril e cada unidade familiar poderá acessar R$ 60 mil ao todo. “Esse valor representa o incremento de 26,6% e é a garantia de compra da produção”, destacou o secretário. O agricultor familiar precisa estar qualificado pela Declaração de Conformidade ao PPAIS para participar do programa.

O governo de São Paulo criou também criou uma lei voltada para as agroindústrias de pequeno porte. A iniciativa faz parte do Programa de Modernização e Desburocratização da Agricultura (Agrofácil SP) e traz medidas para simplificar o controle e a fiscalização dessas empresas processadoras de carnes, leite, ovos, produtos de abelhas, peixes, crustáceos e moluscos em pequena escala.

MICROBACIAS

Por sua vez, o governador informou que Microbacias dará início à sua terceira edição. Segundo ele, trata-se de um projeto de desenvolvimento rural sustentável, criado com o objetivo ampliar a competitividade e proporcionar o acesso ao mercado aos agricultores familiares paulistas organizados em associações e cooperativas, bem como organizações de produtores de comunidades tradicionais como quilombolas e indígenas.

“Esse é um projeto do qual me orgulho muito, pois ele, além de aumentar as oportunidades de emprego e renda para os produtores rurais, promove a inclusão social e a conservação dos recursos naturais, ou seja, é um pacote sustentável completo”, arrematou Alckmin.

Fonte: SNA