As cotações da soja tiveram na quinta-feira (08.03) um dia de estabilidade no mercado físico brasileiro, alinhado com a calmaria da Bolsa de Chicago (CBOT). As vendas para exportação foram sustentadas por mais uma alta do dólar – fechou com em seu maior patamar em um mês. No Porto Paranaguá, por exemplo, os preços da saca de soja para Maio subiram 0,62%.

Também no Porto de Rio Grande (RS) a soja recuperou preço e fechou em alta de 0,13% (disponível) e 0,25% na referência Maio de 2018. No interior do País, no entanto, a sessão de ontem foi de estabilidade, com a maioria das praças não registrando variação em relação ao dia anterior.

Fundamentos

Em dia de relatórios, a Conab publicou projeção com um aumento de safra de 1.5 milhão de toneladas (MT) para o Brasil, totalizando os 113 MT. A estimativa bateu com a da Consultoria AgResource (ARC), que já havia projetado tal número desde meados de fevereiro, quando sua pesquisa de campo foi atualizada. Além do mais, o USDA (Departamento de Agricultura do EUA) também confirmou uma produção em 113 MT para o Brasil em seu relatório atualizado no fim da manhã em Chicago.

“No geral, nenhuma surpresa para os números brasileiros, apenas com o USDA trazendo um aumento expressivo das exportações do país para 70,5 MT (aumento de 1,5 MT). A ARC é um pouco mais otimista e projeta exportações brasileiras em 71,5 MT, uma vez que as recentes tarifas de Trump sobre a importação de aço e alumínio para os Estados Unidos poderá causar um efeito indesejado na retaliação de parceiros comerciais, o que inclui a China. Para a Argentina, a queda de 7 MT na produção de soja do país não trouxe surpresas para o Mercado”, concluem os analistas da AgResource.

Fonte: Agrolink / Leonardo Gottems