A US Meat Export Federation (USMEF) revelou que a indústria de suínos ainda enfrenta “obstáculos” devido às retaliações impostas pela China e pelo México. Com isso, os valores de exportação mantiveram a queda durante o mês de setembro. A informação foi divulgada nesta semana pelo site Global Meat News.

Em setembro, o volume de carne suína exportada caiu 2% em relação a 2017 – para 179.423 toneladas, enquanto o valor exportado caiu 7% para US$ 470,2 milhões. Os volumes de alguns cortes de carne suína aumentaram ligeiramente em 2% em comparação ao ano passado, para 146.542 toneladas, mas seu valor ainda diminuiu 3% para US$ 397,6 milhões.

Em contraste, a demanda asiática por carne bovina dos Estados Unidos continuou crescendo em setembro, com as exportações totalizando 110.160 toneladas, 6% superior a um ano atrás, e seu valor subiu 11%, para US$ 687,1 milhões. Segundo a USMEF, mercados como Coréia do Sul e Japão, estão entre os principais destinos da carne bovina dos Estados Unidos.

Apesar das ações retaliatórias pela China e México, a carne suína norte-americana apresentou bom desempenho em outros mercados, incluindo a Coréia do Sul. Em setembro, as exportações de carne suína para a Coréia do Sul aumentaram 33% em relação ao ano anterior em volume, para 12.486 toneladas e 30% em valor para US$ 33,6 milhões, enquanto as exportações de carne suína para a América do Sul continuaram ganhando impulso, lideradas pelos envios à Colômbia, Peru e uma recuperação das exportações para o Chile.

Países da América Central, como Panamá e Costa Rica, também registraram alta demanda pela carne suína dos Estados Unidos. O presidente da USMEF, Dan Halstrom, mantem-se otimista em relação à carne suína, apesar das retaliações ainda comprimirem os valores de exportação. Espera-se, no entanto, que a venda externa de carne bovina continue a subir.  “Com um trimestre ainda a ser divulgado, os recordes de valor de exportação de carne bovina já estão sendo superados em alguns mercados e o valor global caminha para US$ 8 bilhões até o final do ano”, disse Halstrom. “As exportações de carne suína também se mantiveram relativamente bem mas, infelizmente, os obstáculos enfrentados pela na China e no México exercem muita pressão sobre o valor das exportações”.

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Equipe Suino.com