De acordo com a Comissão Europeia (CE), no ano passado os 27 países componentes da União Europeia (ou seja, já excluído o Reino Unido) importaram perto de 511 mil toneladas de carne de frango, 14% a menos que em 2019 e o correspondente ao menor volume dos últimos cinco anos. Uma redução decorrente, sobretudo, da pandemia, já que nos três anos anteriores as importações europeias permaneceram relativamente estáveis, com variação de 3% entre os volumes mínimo e máximo.

Sob essa conjuntura, as importações do principal fornecedor do bloco – o Brasil – também recuaram. Mas apenas 3,3%, o que significou perto de 8 mi toneladas a menos, volume bastante inferior à perda enfrentada, por exemplo, pela Tailândia, que deixou de exportar para a UE mais de 40 mil toneladas no ano.

É interessante notar que, apesar do volume menor, a participação brasileira nas importações europeias aumentou 12,5%, enquanto os outros quatro fornecedores perderam participação (outros fornecedores não especificados aumentaram a participação em 24,5%, mas eles foram responsáveis por apenas 2% do total importado pela UE).

Analisando as perspectivas das importações nestes próximos 10 anos, isto é, até 2030, a Comissão Europeia, ao observar que a maior parte das compras externas do bloco é destinada ao fast-food e ao food-service, afirma que as importações começarão a se recuperar assim que as medidas de contenção da Covid-19 comecem a fazer efeito e a economia volte a girar.

Superada essa limitação, a CE entende que as importações europeias devem crescer gradualmente, podendo atingir volume próximo dos estabelecidos através das quotas tarifárias -cerca de 900 mil toneladas a partir de 2020.

Fonte: AviSite com adaptações Suino.com