Tereza Cristina defendeu mais acesso à recursos para as mulheres no campo e o acordo Mercosul/UE

No Brasil cerca de 19% dos estabelecimentos rurais são dirigidos por mulheres, totalizando quase 1 milhão que trabalham como produtoras, segundo Censo Agropecuário 2017, do IBGE. A maioria está na Região Nordeste (57%), seguidas pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste (6%). Nesta semana o papel da mulher no agronegócio está sendo discutido sob diversos ângulos no 5º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que segue até quinta-feira (29).

Nesta segunda-feira (26) a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou da abertura do evento. Ela voltou a ressaltar a força no agronegócio mesmo com a pandemia e o trabalho para recuperar alguns setores que tiveram dificuldades, como do de HF, por exemplo. Sobre a presença feminina no campo, a ministra acredita que ainda existem muitas dificuldades como dificuldade de acesso à tecnologia, mais crédito e recursos produtivos. Também apontou o cooperativismo como forma de impulsionar pequenos e médios estabelecimentos.

“As mulheres sempre tiveram mais dificuldade de acesso ao crédito, à tecnologia, à inovação e também menor acesso ao cooperativismo, ferramenta da maior importância. Mas nós estamos trabalhando para mudar isso e incentivá-las cada vez mais”, disse.

A defesa do acordo Mercosul/UE

A ministra também defendeu a aprovação do acordo Mercosul/União Européia, que esta sendo discutido e enfrenta contrariedade de alguns países europeus por argumentarem que os produtos brasileiros carregam consigo o desmatamento. “Temos que colocar na mesa esse debate e discutir o que for preciso, de maneira responsável, mostrando o que temos de bom e o que precisamos avançar e melhorar. Colocando na balança, no entanto, sei que temos mais exemplos bons do que ruins. Os produtores europeus que combatem a nossa agricultura são fruto de desinformação”, ressaltou.

A ministra da Agricultura de Portugal, Maria do Céu, com quem Tereza Cristina esteve recentemente, também defendeu o acordo como benéfico para todas as nações e no combate às mudanças climáticas. “Para mudar isso temos que comunicar bem, de forma transparente e aberta, aquilo que todos cremos para este acordo. Entendemos que um modelo agrícola está respaldado na gestão mais eficiente dos recursos naturais, podendo alimentar ainda outros setores da atividade econômica”, disse a líder da pasta portuguesa.

Fonte: Agrolink