Para o analista Bryan Doherty, da consultoria Stewart-Peterson, radicada em Wisconsin, a recente recuperação de 15 cents nos futuros de milho, 30 cents na soja e 20 cents de trigo em Chicago, demonstraram duas importantes possibilidades.

Se de um lado isso pode significar que os preços alcançaram um pico, em linha com a mentalidade baixista dos últimos anos. De outro, a oferta está menos “onerosa” tanto em milho quanto em soja, o que sugere um aumento da volatilidade dos preços com forte tendência de alta.

Segundo Doherty, os preços das commodities estão em recuperação desde o piso alcançado no início de 2016. “Os problemas de preço na maioria dos mercados tem se provado uma oportunidade para maioria dos compradores. O dinheiro especulativo no milho superou em números transacionados tanto 2015 quanto 2016”, disse o analista em sua coluna no site da revista Successful Farming.

Na visão do analista, o que os preços baixos das commodities têm feito é aumentar a demanda, especialmente no caso do milho, e isso deve se repetir. “Em 2018, esperávamos que o milho consumiria mais milho do que se produziria. Ralis nos últimos dois anos ocorreram, ainda que de curta duração. Os produtores estão prontos para vender agressivamente neste ano”, constatou o analista de Wisconsin.

A sugestão de Brian Doherty para o produtor é que neste ano os produtores não tenham dúvida em vender quando haja um rali de preços. “Os compradores vão querem comprar grão quando esteja barato. A definição de barato é quando esteja próximo do custo de produção. A grande lição para os produtores é que os ralis sempre terminam muito rápido”, sugeriu o analista americano.

Fonte: Agrolink- Leonardo Gottems