‘Porkexpo & X Congresso Internacional de Suinocultura’ vai dar a largada dos maiores eventos presenciais do segmento em 2021

Parece que a Suinocultura do Brasil está fadada a viver momentos históricos e marcantes dentro da cadeia mundial de proteína animal. E o segundo semestre de 2020 pode ratificar essa tendência como nunca. Depois de uma crise gravíssima causada pelos gastos com a alimentação dos planteis e a grande desvalorização do Real diante do Dólar, o segmento voltou a respirar diante da falta da proteína no planeta causada pelos casos de Peste Suína Africana (PSA) na Europa e, principalmente, no Sudeste Asiático.

O fôlego foi ainda maior neste ano por causa da pandemia do novo
coronavírus, mas o susto foi grande causado pela hecatombe econômica que se abateu sobre todas as nações. De um lado, a procura por alimentos seguiu firme. De outro, a preocupação dos consumidores e cidadãos brasileiros em geral, pelo número de mortos, na expectativa por uma solução definitiva contra a doença e no cansaço depois de tantos meses de confinamento.

Mas o Suíno Brasil é forte e permanece comemorando bons resultados. Foz do Iguaçu, a ‘Capital da PorExpo’, já vem sediando eventos presenciais desde a virada do semestre. Aos poucos, os hotéis adaptaram-se para receber congressos autorizados pelo Governo do Estado do Paraná. Desde 20 de agosto, encontros com até 50 pessoas no mesmo ambiente. A partir de 10 de setembro, o limite vai subir para 150 pessoas. E de primeiro de outubro para frente, vão estar liberados todos os eventos, desde que sejam promovidos para um público de até 30% da capacidade total original dos hotéis e centros de convenções.

Outra boa notícia é que o Brasil é um dos países que dão sinais de que podem ter alcançado a imunidade coletiva contra o novo coronavírus. É aquele momento quando o vírus não consegue mais continuar a se propagar com força porque não há pessoas vulneráveis em número suficiente para sustentar uma epidemia. Sem falar que em nosso país o número de casos diários caiu e não voltou a crescer significativamente por mais de um mês em importantes centros urbanos, como no Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus. Um padrão que não surpreende a biomatemática portuguesa Gabriela Gomes, da Universidade de Strathclyde, na Escócia. Ela é uma das líderes do grupo de epidemiologistas que, desde março, defende que o limiar da imunidade coletiva para o Sars-CoV-2 é de cerca de 20%, e não de 70%, como indicavam os modelos tradicionais. “Além do que o limiar não é o mesmo em todos os lugares e varia até mesmo dentro deles. Principalmente, em países grandes, como o Brasil e os Estados Unidos. Nessas regiões, cada estado deve ser pensado como um país. Estamos mais próximos de voltar à normalidade. É importante que isso seja comunicado às pessoas”, reforça Gabriela Gomes.

“Acreditamos que já atravessamos o pior momento em termos de saúde
pública”, avalia a equipe de técnicos do Ministério da Saúde do Brasil.
Oito em cada dez pacientes que tiveram diagnóstico confirmado de coronavírus no país recuperaram-se da doença, o que coloca o Brasil com um desempenho acima da taxa média mundial, que é de pouco mais de seis em cada dez pessoas superando o quadro de infecção (64%). Os dados são da Universidade de Medicina Johns Hopkins, dos Estados Unidos. E, depois de quatro meses, a taxa de contágio caiu para 0,98. Ou seja, cada infectado
transmite o vírus para menos de uma pessoa, o limite para que a pandemia
seja considerada como controlada.

Já na granja, na indústria e comercialização da carne suína, o ano vai cada vez melhor. A produção nacional deve fechar 2020 com um aumento de até 6,5%, alcançando 4,25 milhões de toneladas. E as exportações podem alcançar pela primeira vez um milhão de toneladas, nada menos do que 33% a mais do que em 2019. No acumulado do ano, as vendas de carne suína seguem 37,01% acima de 2019. Foram 479,4 mil toneladas no primeiro semestre contra 349,9 mil toneladas do ano passado. Em receita, a elevação atingiu 52,5%, chegando quase a US$ 1,8 bilhão. As vendas para a Ásia chegaram a 374,5 mil toneladas no primeiro semestre, saldo 83,1% superior ao registrado em 2019.

A China, maior importadora de carne suína do Brasil, foi destino de 230,7 mil toneladas no período, elevação de 150,2%. Hong Kong, no segundo posto, importou 18,6% a mais, com 92,9 mil toneladas. Outros mercados de destaque foram Singapura, Japão e Vietnã.

Para embalar ainda mais os negócios, um levantamento realizado pela
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), indica que a China, principal produtor da carne no mundo, com média de 54 milhões de toneladas anuais, e maior importador do Brasil, deve produzir 15% a menos de suínos em 2020, o que representa um drive de sustentabilidade de exportação ímpar para o segmento brasileiro. “O bom desempenho das exportações reduz os impactos decorrentes da alta dos insumos e da elevação dos custos decorrentes da situação de pandemia”, ressalta Ricardo Santin, o novo presidente da ABPA. E o Brasil vem cada vez mais se destacando como um país chave para a oferta de dezenas de países. Uma responsabilidade que reúne todos os integrantes da cadeia produtiva brasileira.

É com essa injeção de ânimo que profissionais ligados à cadeia produtiva de
carne suína do Brasil e do exterior aguardam com entusiasmo a realização da ‘Porkexpo 2021 & X Congresso Internacional de Suinocultura’, que vai ocorrer nos dias 24 e 25 de fevereiro de 2021, no Hotel Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR). “O suinocultor brasileiro é persistente e já enfrentou inúmeras crises graves, nos últimos trinta anos. Mas ele também tem o direito de ficar mais feliz e otimista quando o cenário fica favorável ao seu negócio. Assim, trabalha com mais fé pela carne do amanhã, que é a nossa missão. E vai saber desfrutar de momentos de reflexão e convivência com amigos e parceiros, como sempre faz quando vai a Foz do Iguaçu, para prestigiar nossa querida PorkExpo”, comenta animada Flávia Roppa, presidente do X Congresso Internacional de Suinocultura.

Fonte: Assessoria