Ampliar a zona livre de Peste Suína Clássica (PSC) para 100% do território nacional e manter esta condição sanitária é uma decisão estratégica que permite expansão e consolidação da posição do Brasil como grande produtor e exportador mundial de carne suína, afirmou a secretária de Defesa Agropecuária do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Adriana Cavalcanti de Souza, durante o XV Congresso Abraves que termina nesta sexta-feira, dia 7 de outubro, em Fortaleza.
“Por isso estamos realizando inquérito soroepidemiológico no Estado do Acre para sua inclusão na zona livre. Também está em elaboração um projeto que prevê a realização da caracterização epidemiológica, primeiramente dos Estados do Nordeste, que fazem parte da zona infectada, e posterior estudo de prevalência para definição das estratégias para o controle e erradicação da PSC”, disse a especialista.
Adriana citou que, em decorrência dos últimos focos de PSC nos Estados do Amapá e Rio Grande do Norte em 2009, foi autorizada a vacinação nessas localidades e executada exclusivamente pelo Serviço Veterinário Oficial. “A vacinação é gratuita e obrigatória para todos os produtores de suínos. Cabe ressaltar que a vacinação contra PSC é proibida no Brasil, salvo quando autorizado pelo Mapa”.
A palestrante explicou que junto com a vacinação, o serviço veterinário oficial realiza o recadastramento das propriedades, além de seu georreferenciamento e vigilância ativa com inspeção clínica de todos os animais. O objetivo é detectar a possível ocorrência da enfermidade.
Ela destacou ainda que, em virtude de ocorrências sanitárias, o trânsito intra-estadual de suínos só é permitido mediante comprovação de documento de vacinação dos animais e está proibido o trânsito de egresso de suínos daqueles Estados.
Sobre Aujeszky, Adriana lembrou que é uma doença de notificação obrigatória, constante na lista de doenças da OIE. Segundo o Código Sanitário para Animais Terrestres da OIE. “Os países importadores não devem impor restrições comerciais relacionadas à ocorrência da doença quando o comércio for de carnes frescas, produtos e subprodutos de origem suína. Apesar disso, essa enfermidade tem importância quando são considerados alguns mercados que impõem restrições comerciais aos produtos nacionais de origem suína em decorrência de Aujeszky”, lamenta.

Serviço:
XV Congresso Abraves
Data: de 4 a 7 de outubro de 2011
Local: Marina Park Hotel, Fortaleza, Ceará
Informações: www.abraves-nacional.com.br

Assessoria de Imprensa – XV Congresso Abraves