Zimbábue suspendeu discretamente a proibição de importações de milho geneticamente modificados (OGM) pela primeira vez em 12 anos, visando evitar a fome no país. O Zimbábue está enfrentando sua pior seca em 40 anos e está no meio de um colapso econômico, isso deixa cerca de 8 milhões de pessoas, ou mais da metade da população, precisando de ajuda alimentar. 

Além da África do Sul, o milho geneticamente modificado é evitado na África Subsaariana e no Zimbábue, onde estão sendo tomadas medidas para garantir que o grão não entre nos estoques nacionais de sementes. Uma equipe de logística foi enviada à África do Sul para supervisionar o exercício de importação de grãos. Também estão em andamento planos para fornecer autorização especial para caminhões que trazem grãos para evitar atrasos na fronteira mais movimentada do sul da África, Beitbridge, entre a África do Sul e o Zimbábue 

O ministro da Agricultura, Perence Shiri, e o secretário permanente do ministério, John Basera, não responderam imediatamente a mensagens e telefonemas pedindo comentários. Tafadzwa Musarara, presidente da Associação de Moinhos de Grãos do Zimbábue, também não respondeu às mensagens dos meios de comunicação. “O governo avalia sua posição sobre o milho geneticamente modificado em relação às necessidades nutricionais da nação e prossegue orientado por essa avaliação”, disse Nick Mangwana, principal porta-voz do governo, sem dizer se a proibição foi suspensa. 

A colheita de milho do país deve cair mais da metade nesta temporada e há um provável déficit de oferta entre 800.000 toneladas e 1 milhão de toneladas. As importações semanais de milho branco, a variedade usada principalmente para consumo humano no país, atingiram o nível mais alto em quase sete anos, com 13.688 toneladas importadas na semana que terminou em 24 de janeiro. 

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems